Quando falamos em arte, dizer que um acervo pode (e deve) ser visto sob diversas perspectivas é sempre válido. Levar as indagações de Paulo Bruscky até o Inhotim pode ser um bom ponto de partida para se criticar o lugar. Inaugurado em 2006, o Instituto Inhotim reúne, em uma extensa área verde, diversas galerias e um acervo apreciável de obras de arte contemporânea. O espaço, que conta com galerias fixas e temporárias, é um verdadeiro banquete para os olhos.
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Inhotim | | | |
Ainda assim, por vezes a arte parece estar um tanto quanto "banalizada" dentro do próprio espaço. Não cabe aqui questionar se uma determinada obra é feia ou bonita, já que tal questionamente é infudado, mas uma obra que não tenha tanto refinamento, quando exposta no Inhotim, ganha um destaque que talvez não seja condizente com o que ela realmente é.
Chamativa por suas vibrantes cores, a obra Penetrável Magic Square é belíssima. Ainda assim, me pergunto se algumas das propostas feitas por nós para o Pavilhão Anti-Positivista não ficariam tão belas quanto se expostas ali...
Foram muitas as obras, espaços e pavilhões que despertaram de forma intensa a minha atenção, mas nenhum por ter tamanha simplicidade e tanta riqueza sensorial quanto a "Secção Diagonal", de Marcius Galan.
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Marcius Galan, Secção Diagonal |
Jogando com maestria as cores e a secção, o artista consegue criar a sensação de que há um vidro dividindo a sala, sensação que se confude com realidade para muitos. Outra obra incrível de se ver foi o "Desvio para o Vermelho", de Cildo Meireles.
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Cildo Meireles, Desvio para o Vermelho |
Com uma base de trabalho aparentemente simples, que é a cor vermelha, cria-se uma gama de sensações inusitadas, principalmente quando o usuário da obra percebe onde toda aquela cor começa (ou termina).As possibilidades de interações são muitas, já que a sala é recheada de detalhes nos tons vermelhos.
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Sim, valem os R$5,00 |
Apesar das indagações, permanece a certeza de que o lugar merece ser visitado por aqueles que estão de olhos abertos para o novo e filtram, de forma crítica, tudo aquilo o que se vê.
Sucesso!
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