Cenário do filme Meu Tio (Mon Oncle), de Jacques Tati, a Villa Arpel é uma das casas que melhor ilustra o lema positivista "ordem e progresso", tendo na tecnologia uma promessa de felicidade.
Modelada no programa Sketch Up durante as aulas de Oficina, a casa mais parece uma peça de um mecanismo preciso, primorosamente trabalhado, um objeto industrial de finalidade desconhecida.
Com suas superfícies brancas impecáveis e vidros em demasia, a construção parece ser apenas um visitante temporário, onde sua estrutura poderia a qualquer momento receber um sinal que acionasse seus motores escondidos e a erguesse lentamente por cima das árvores, retornando assim a seu lugar de origem.
O clima é técnico, austero, minimalista. A casa fala do futuro, da promessa de velocidade, tecnologia e ciência, e ainda é palco para atores num drama idealizado sobre a existência contemporânea.
Tão forte é o apelo modernista da casa que ele parece prevalecer sobre considerações a respeito da eficiência. A Villa Arpel pode parecer uma máquina com intenções práticas, mas na realidade se comporta como uma extravagância com motivações artísticas.
Olá Carol!!
ResponderExcluirMuito bacana a sua descrição.
Realmente, a Villa Arpel é a "máquina de morar".
Bjoss!!